O arquiteto Eduardo Souto de Moura (Porto, 1952) foi hoje anunciado como o grande vencedor do Prêmio Pritzker 2011, considerada a mais presitiada premiação mundial de arquitetura.
Outro arquiteto português que já havia recebido o prêmio no ano de 1992 é Alvaro Siza, o qual disse que "esperava todos os anos, há algum tempo", que Souto de Moura recebesse este prêmio.
A entrega da medalha e o prêmio de U$$ 100 mil dólares será entregue ao arquiteto no mês de junho, em Washington, DC.O jurí destacou que “durante as últimas três décadas, Eduardo Souto Moura produziu um corpo de trabalho que é do nosso tempo mas que também tem ecos da arquitectura tradicional. Os seus edifícios apresentam uma capacidade única de conciliar características opostas, como o poder e a modéstia, a coragem e a subtileza”.
Creio que a premiação de Souto de Moura faz muito bem a arquitetura mundial. Sua forma de encarar o projeto de arquitetura é um ótimo exemplo para nós arquitetos de como pensarmos arquitetura.
No Docomomo Sul de 2010, realizado em Porto Alegre-RS, a arquiteta portuguesa, Ana Tostões, atual presidente do Docomomo Internacional proferiu palestra sobre algumas das obras de Eduardo Souto de Moura e já o apresentava com um dos grandes destaques da arquitetura portuguesa e mundial.
É muito perfeccionista? Tento ser, mas eu não posso dizer isso… Mas sim, sou um bocado maníaco dos pormenores. Não é que os pormenores salvem as obras, mas os pormenores são muito importantes. Eu não consigo ler um texto sem pontos nem vírgulas. É um problema de educação. Começa-me a faltar o ar. E também não gosto de ver edifícios que não tenham lá os detalhes imprescindíveis.
Seguindo a mesma linha de pensamento de Siza Vieira no que diz respeito a atenção aos mínimos detalhes, Souto de Moura deixa isto bem claro neste pequeno trecho retirado de uma entrevista.