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domingo, 30 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer por Carlos Eduardo Comas

                   Excelente artigo para compreender melhor a obra do grande arquiteto Oscar Niemeyer.


Estudioso da arquitetura moderna e grande conhecedor da arquitetura brasileira, o coordenador do curso de arquitetura e urbanismo da UFRG de Porto Alegre (RS) Carlos Eduardo Comas, analisa a obra do arquiteto brasileiro dividida em 4 fases e demonstra tanto sua importância na história da arquitetura, quanto os momentos onde a mesma não possui o mesmo significado, naturalmente.

Acesse o texto clicando aqui.

Fonte: Revista AU

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer por Marcelo Ferraz

Encontros com Oscar Niemeyer

Marcelo Carvalho Ferraz conta sobre seu convívio com Niemeyer e fala da importância do arquiteto




Conheci Oscar Niemeyer em 1989 em um almoço oferecido a ele por Lina Bo Bardi, com quem eu trabalhava. Foi um encontro muito especial de dois velhos amigos – Lina e Oscar – que não se viam desde 1964. Ali, falaram muito sobre o Brasil e nossos eternos problemas e pouco sobre arquitetura.
Anos depois, já em 2002, Oscar me ligou e, num longo telefonema, fez muitas perguntas a respeito da arquitetura de museus. Queria saber sobre as dimensões ideais de espaços expositivos, sobre técnicas variadas de iluminação etc. Ao final, ele me pediu um pequeno relatório sobre o que seria um bom programa de necessidades para um museu contemporâneo. De início, achei que fosse um trote de algum amigo, mas não, era ele mesmo, o Oscar. Fiz rapidamente o relatório, enviei por fax e recebi novamente um simpático telefonema de agradecimento.
Alguns dias depois, outro telefonema. Dessa vez, Oscar me convidava para colaborar na transformação de um antigo projeto seu – um grande edifício construído em 1970 para abrigar uma escola – em um museu contemporâneo. Justificou o convite dizendo que queria ter a seu lado o “pessoal de Lina”, que entendia do assunto. Tratava-se do Novo Museu de Curitiba, atualmente Museu Oscar Niemeyer. Aceitei, é claro, e com meu sócio Francisco Fanucci e minha equipe do Brasil Arquitetura, trabalhamos intensamente durante um ano, até a inauguração do museu.
 Os encontros com Oscar eram sempre em seu escritório, no Rio, mas ele se deslocou para Curitiba de carro para a inauguração. Nessa relação de trabalho, Oscar foi sempre  gentil e amigo, ouvindo e ponderando nossas sugestões, discutindo cada ponto do projeto, com muito respeito profissional. Em um certo momento, ele disse: “bem, vocês cuidam da reforma e adequação do edifício velho, e eu cuido do bloco novo”, hoje conhecido como “olho”, que virou um forte marco de Curitiba. E assim foi. Sou muito grato a ele pela confiança depositada em nós, e pela “amizade acima de tudo”, como sempre dizia.
 A importância do arquiteto
Oscar Niemeyer é, acima de tudo, um grande humanista, um militante incansável da justiça social, de um mundo melhor para todos. Claro que, humano que é, não é uma unanimidade. Mas são inquestionáveis sua genialidade, originalidade e peculiaridade. Por ser “tão único” em seu modo de fazer arquitetura, não deixa uma escola, seguidores, como outros arquitetos importantes. E muitos que se arvoram a isso “dão com os burros n’água”.
Oscar é um arquiteto que tem uma obra marcante e tocante para todos os arquitetos, e também para os não arquitetos que tomam conhecimento dela. O que mais me admira em Oscar é sua intuição estrutural, condição ou atributo fundamental para todo bom arquiteto. Também o seu senso de escala para projetar grandes espaços públicos, verdadeiros palácios, é impressionante. Veja o interior do Itamarati, por exemplo.
Obras marcantes
Para mim, o Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, é a obra máxima de Oscar. A sabedoria na implantação dos edifícios, as formas surpreendentes, o detalhamento no uso dos materiais… É um trabalho primoroso. Há também os Pavilhões do Parque Ibirapuera, com a marquise a conecta-los de modo elegante, muito original, criando um passeio coberto e aberto à vegetação, ora criando grandes espaços, verdadeiros salões, ora caminhos cobertos. E acho genial a rampa do Pavilhão da Bienal, que sempre é a estrela numero um das exposições que ali acontecem, inclusive salvando algumas delas do fracasso.
E o Edifício Copan: uma verdadeira aula de urbanismo. Uma implantação que claramente propõe uma nova lógica de relacionamento urbano para São Paulo, entre edificações e pedestres, mais humana, mais e mais centrada na convivência. Estas, são obras que devem ficar sempre em nossa mirada como bons exemplos a serem seguidos em busca de uma cidade mais democrática e confortável.
Marcelo Carvalho Ferraz é arquiteto, sócio-fundador do escritório Brasil Arquitetura e autor dos livros “Arquitetura Rural na Serra da Mantiqueira” e “Arquitetura Conversável”

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Falece Oscar Niemeyer, aos 104 anos

Estamos de luto hoje, dia 05 de dezembro de 2012, pelo falecimento do nosso grande arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.

Um dos grandes nomes da primeira geração da arquitetura moderna no Brasil, Oscar Niemeyer, foi também um dos maiores responsáveis pela construção de Brasília, ao lado de Lúcio Costa e Juscelino Kubitschek.

Suas obras buscam uma solução simples, onde a estrutura do edifício se torna responsável por sua forma arquitetônica resultante. As obras iniciais de sua carreira marcarão para sempre a história da arquitetura mundial.

Atento as lições de Le Corbusier, Oscar foi um dos grandes defensores da arquitetura moderna no Brasil e um dos arquitetos mais atuantes do seu tempo.

Veja mais informações pelo link:
Archdaily
Arqbacana

Falece Oscar Niemeyer, aos 104 anos